Carcinoma ductal in situ: o que é e qual é o tratamento?

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Carcinoma ductal in situ: o que é e qual é o tratamento?

Cerca de 1 em cada 5 casos de câncer de mama é carcinoma ductal in situ (CDIS), de acordo com a American Cancer Society. Mas que tipo de câncer é esse? Quais são as características? E como é o tratamento? Respondo todas as dúvidas sobre o CDIS a seguir.

O que é um carcinoma ductal in situ?

O carcinoma ductal in situ é considerado a forma mais precoce do câncer de mama e, segundo a American Cancer Society, também é chamado de carcinoma intraductal ou câncer de mama em estágio 0. Ele não apresenta risco de morte imediato e apresenta um bom prognóstico.

Os tumores de mama podem atingir diferentes partes da mama. No caso do carcinoma ductal in situ, como o próprio nome já diz, o tumor está no ducto mamário. E, apesar de poder se apresentar em uma ou várias partes da mama, por estar dentro do ducto que se distribui dentro da mama, como um sistema de túneis interligados, o carcinoma ductal in situ não entra em contato com os vasos presentes na glândula mamária. Isso significa que ele não se dissemina para outros órgãos, ou seja, não metastatiza.

Por isso, ele não é invasivo. Ou seja, o carcinoma ductal in situ é um crescimento excessivo de células anormais que fica contido no interior dos ductos de leite da mama.

A Breastcancer.org afirma que o CDIS não é fatal, mas ter essa doença aumenta o risco de desenvolver um câncer de mama invasivo mais tarde. Por isso, precisa de tratamento.

Diferença entre câncer in situ e invasivo

No caso in situ, as células cancerígenas não se espalharam para outro lugar fora do ducto mamário. Já no caso de carcinoma invasivo, o câncer já está invadindo, ou seja, ele pode entrar dentro dos vasos que circulam circunjacentes à lesão, ganhando capacidade para se disseminar para outras partes do corpo.

O que causa o carcinoma ductal in situ?

Os pesquisadores não sabem exatamente o que desencadeia o crescimento celular anormal que leva ao CDIS. Mas, mutações genéticas e estilo de vida pouco saudável são fatores que podem aumentar o risco desse câncer, de acordo com a Mayo Clinic.

CDIS causa sintomas?

Geralmente, este tipo de câncer na mama não apresenta sinais ou sintomas. No entanto, em alguns raros casos, pode causar:

  • Caroço na mama;
  • Secreção no mamilo com sangue.

Como é feito o diagnóstico?

Como esse carcinoma costuma ser pequeno demais e não apresenta sintomas, geralmente, o diagnóstico acontece com a análise de uma mamografia realizada pela paciente. À medida que mais mulheres fazem mamografias, mais casos de CDIS são detectados, o que por um lado é bom, pois representa a detecção precoce do câncer.

Segundo a Harvard Medical School, antes que as mamografias se tornassem rotina no final da década de 1970, o CDIS era geralmente descoberto de forma acidental durante uma biópsia e era considerado raro, constituindo menos de 1% dos cânceres de mama.

No entanto, a biópsia continua sendo um exame utilizado após a mamografia para confirmar se é um carcinoma ductal in situ. Com este exame, o médico também consegue analisar o tipo e grau do CDIS, além dos receptores hormonais. Apesar de todo CDIS estar em estágio considerado 0, ele pode ter tamanhos diferentes e estar localizado em distintas áreas do ducto.

Ultrassom e ressonância magnética são outros exames de imagem que podem ser solicitados pelo médico.

Qual o tratamento para o carcinoma ductal in situ?

A conduta contra o carcinoma ductal in situ deve ser individualizada, de acordo com o caso específico da paciente. Mas, na maioria dos casos, as opções de tratamento para CDIS são:

  • Cirurgia conservadora da mama e radioterapia.

ou

  • Mastectomia.

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No primeiro caso, o cirurgião remove o tumor e uma pequena quantidade de tecido mamário ao seu redor. Geralmente, para diminuir a chance de o câncer voltar, a paciente passa por radioterapia depois da cirurgia.

Já a mastectomia pode ser escolhida para o tratamento se a área do CDIS for muito grande ou se a cirurgia conservadora não puder remover o CDIS completamente.

Ainda existe a possiblidade de terapia hormonal após a cirurgia em casos de resultado de teste positivo para receptor hormonal (estrogênio ou progesterona).

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